Eu não conheci a minha avó materna e convivi pouco com o meu avô por parte de mãe. Mas foi tempo suficiente para que ele me inspirasse a fazer jornalismo. Guardo na memória as imagens dele lendo, principalmente jornal, e do gosto pelo debate de assuntos diversos.
Os meus avós maternos Nizardo e Santilha
Já os meus avós paternos acompanharam e participaram do meu crescimento bem de perto. Com eles aprendi, principalmente, a importância do afeto, da família, da simplicidade.
Hoje, sinto um prazer imenso ao ver a alegria do meu filho de quatro anos ao lado dos avós. Cada momento entre eles é repleto de carinho, troca de experiências e ganhos impossíveis de dimensionar.
Os avós demonstram isso sempre que ostentam com orgulho esse título. O meu pai, por exemplo, chegou em casa todo feliz por ter sido homenageado pelo “dia dos avós” pouco tempo depois de Pedro nascer. Já a minha sogra ganhou um “chá de avó surpresa”, onde recebeu vários mimos para o primeiro netinho.
BENEFÍCIOS DESSA RELAÇÃO
Penso que para qualquer avô e avó, esse tipo de conexão seja o melhor remédio contra a depressão e outros males da alma. Estar perto de alguém muito mais jovem também é um canal aberto a novas ideias e pode, ainda, ser a oportunidade de estreitar algum tipo de vínculo que se perdeu com o filho, o genro ou a nora - enriquecendo a relação de três gerações.
Já para os netos, os benefícios desse convívio vão além dos mimos. Esse relacionamento que extrapola o da família imediata (pai, mãe, irmãos) pode contribuir de forma positiva para o desenvolvimento emocional da criança e para a percepção que ela tem de si mesma. Além disso, amplia o repertório dos pequenos e permite a eles conviver com pessoas diferentes.
A pequena Helena é um exemplo desses ganhos. Há dois anos ela chegou trazendo calmaria à casa dos avós Nelson e Graciete. Espoleta, amorosa e de personalidade forte Helena ilumina o dia a dia de todos e ganha de volta muito amor e carinho. "Essa minha netinha é um luxo, uma menina de ouro", se derrete o vovô.
NOVOS PERFIS DE AVÓS
Essa troca tem se estabelecido entre netos e avós com perfis cada vez mais diferentes. A fragilidade deu espaço aos vovós atléticos, com vida profissional ativa e muita disposição para aproveitar o tempo ao lado dos netos, estreitando afinidades e relações.
LIIMITES DA CONVIVÊNCIA
Para que todos ganhem nesse convívio, principalmente a criança, é fundamental que cada um tenha consciência do seu papel e dos seus limites, principalmente quando há participação constante dos avós na criação dos netos.
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Essa cartilha e o vídeo abaixo, gravado por uma psicóloga infantil, dão dicas e sugerem reflexões importantes para aprimorar o convívio que já é bom ou resgatar o que foi abalado por algum motivo. Afinal, os avós são um presente divino. É bom aproveitá-los ou permitir isso aos filhos antes que a vida encerre essa possibilidade.